Olho Vivo

  Tente apreciar uma fotografia com os olhos fechados. Você sentirá um pedaço de papel sem relevo, sem expressão ou significado. Então para as pessoas cegas a fotografia é isso? Apenas um pedaço de papel?

Quando decidi fazer esta exposição, eu tive a pretensão de que as minhas fotografias fossem úteis, principalmente, àqueles que não poderiam vê-las. Portanto, o objetivo deste trabalho é fazer uma HOMENAGEM ÀS PESSOAS CEGAS, mostrando o alto grau de independência e eficiência a que podem chegar, através do processo educacional e da capacitação profissional a que tiverem acesso.

Foi então que procurei a Sociedade de Assistência aos Cegos, entidade que vem há 57 anos realizando em Fortaleza um trabalho sério e competente em prol da minimização da problemática da cegueira, através, não só, da educação, da socialização e da profissionalização, como também da quebra de preconceitos.

Portanto, todas as fotografias aqui expostas retratam crianças e adultos portadores de cegueira ou de visão subnormal, realizando diversas atividades na Sociedade de Assistência aos Cegos, onde é mostrada sem pieguismo, uma parte da sociedade - e não uma sociedade à parte -, resgatando sua cidadania.

Espero também que estas fotografias sejam úteis para divulgar o trabalho desta Instituição que ao longo de todos esses anos foi vencendo com criatividade suas dificuldades, a ponto de desenvolver um modelo moderno de Entidade Filantrópica, com seus próprios meios de sustentação, que possibilitam a realização de suas metas estatutárias sem verbas governamentais e sem mãos estendidas...

Agradeço o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFC, bem como o apoio de toda a equipe da Sociedade de Assistência aos Cegos, à ADUFC e, principalmente, às pessoas aqui retratadas, a quem com respeito, carinho e admiração, dedico este trabalho.

Pedro Humberto da Silva

   
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